[menos a Luíza, que está no Canadá]

09:15

carnaval, né?






único carnaval possível é na horizontal, debaixo das cobertas, fazendo maratona de série que todo mundo já viu. quem é que assiste "Desperate Housewives" em 2019? eu tenho gostos peculiares, vocês não entenderiam.

vamos lá.

quem me acompanha/acompanhava nas redes, sabe que eu só sei falar sobre duas coisas: gatos e Cat Power (quem?). nada mudou, ao contrário: o número de gatos aumentou (hoje em dia tenho quatro felinos) e a loucurinha por Cat Power (who?) também. o Andy, inclusive, eu conheci por causa do amor incondicional que temos pela gata do poder (te contei que ela nos deu parabéns pelo casório, durante um show?).

então, depois de seis anos de espera, a bonita deixou todo mundo DAQUELE JEITO com a notícia de um novo álbum (escutem aqui a versão dela para 'Stay', da Rihanna). com o lançamento de 'Wanderer' veio também a agenda de shows e o Andy se programou para ir em alguns na região de Ohio. o primeiro seria em Detroit, que eu não quis ir por uma questão de fórum íntimo.



- tá tudo certo. só me manda uns 'text' de vez em quando, para eu saber que tá tudo bem e não ficar preocupada.
- combinando.

fiquei cuidando das varizes e lá pelas nove da noite peguei no sono. quando foi umas onze, acordei e vi que não tinha nenhuma ligação perdida ou mensagem de texto. bom, o show deveria ter terminado e o Andy já deveria estar dirigindo de volta pra casa. mas o combinado era escrever e avisar que estava tudo bem, não era? então. pra piorar, eu ainda estava traumatizada demais por causa do ano anterior. comecei a surtar.

- Li, tá tudo bem. o show acabou de terminar e eu estou no estacionamento. eu já ia te escrever. devo estar de volta lá pelas três, quatro da manhã... vou te avisando.

beleza. voltei a pegar no sono e quando despertei, três da manhã, chequei o celular e: ZERO NOTÍCIAS. ô saco. mas, ok, fiz a equilibrada e mandei uma mensagem pedindo sinal de vida. NADA. ô cacete. tentei ligar uma, duas, três, seis vezes. NADA DE ATENDER. mas que caralho? o equílibrio emocional deve ter durado uns dois minutos (recorde na história desse país), porque quando eu me dei conta já tava mandando foto ameaçando TACÁ FOGO na coleção de discos de vinil (ahahaha) se ele não me respondesse. NADA DE RESPOSTA. era isso: eu estava oficialmente viúva e só precisava começar a aceitar a realidade.



resumo da ópera: na ocasião, Andy usava um aparelho GPS do final dos anos 2000, doado pela mãe dele, depois do nosso ter queimado no acidente (conto sobre no post anterior). então lá em Detroit, quando ele selecionou a opção "home" pra voltar pra casa, de alguma maneira, o aparelho o levou até a ponte que faz fronteira com o Canadá. e, amigos, uma vez que você está nessa ponte THERE'S NO WAY de simplesmente desistir e voltar atrás: você tem que passar pela imigração canadense.

e é claro que a imigração achou que o Andy, com aquela cara e aquela barba, era traficante. além do mais, quem é que usa aparelho GPS dos anos 2000? ou melhor, quem é que usa aparelho GPS quando se existe WAZE? baita desculpa esfarrapada, eles devem ter pensado. 

só que enquanto os caras faziam mil perguntas e revistavam o carro do avesso, Andy tava era querendo perguntar para os policiais sobre a Joni Mitchel, que é canadense. "depois achei melhor não perguntar nada. vai que eles pensam que eu tô tentando desviar a atenção". sim, essa era a maior preocupação dele diante toda aquela situação. e eu em casa, pensando na vida de viúva.



sabe?

até sábado que vem, meus consagrados.

obs.: nenhum disco foi prejudicado durante a passagem do Andy pela imigração canadense.

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